O fato de que é importante interagir com o ambiente em que vivemos é certo. Que os alunos adoram sair de dentro da sala, também. Mas o principal de sair de dentro das quatro paredes escolar é poder melhorar o mundo a partir da sala de aula. E para isso, precisa-se levar em consideração diversos fatores, como o por que e o quê ensinar!
No livro Em busca do sucesso escolar, a professora Ester Luisa Dias atribui o abandono escolar ao estilo de ensino inadequado, associado aos problemas familiares. Atrair um aluno e facilitar o aprendizado tem reflexos positivos na redução de índices de violência e de dependência de drogas.
Associar visualmente o conteúdo é a proposta da Escola Livre Porto Cuiabá, cujo foco é no aluno e em seu potencial. A escola utiliza a pedagogia Waldorf, desenvolvida pelo austríaco Rudolf Steiner, que tem como meta proporcionar aos alunos um despertar harmonioso de todas as suas capacidades.
- Matemática fora da sala de aula:
A primeira tarefa das crianças é construir uma tabela para anotar os pontos de cada time, deixando que as crianças esbocem na lousa qual a melhor forma. O professor deve intervir, se necessário, para que a tabela sirva para os propósitos do jogo, o que resultará em uma tabela de dupla entrada. É preciso eleger uma criança para anotar os pontos durante as partidas.
Cada ponto pode valer apenas 1 se o objetivo for contemplar tabelas de dupla entrada, cálculo mental com 1 algarismo ou situações-problemas do campo aditivo .
Se o professor quiser contemplar cálculo mental de 10 em 10, pode-se determinar que cada ponto vale 10, e assim por diante.
Após um número determinado de partidas o objetivo é que as crianças possam somar os pontos de seu time utilizando e socializando suas estratégias.
O professor precisa elaborar questionamentos de acordo com seus objetivos de aprendizagem, podem ser a respeito de: leitura de informações em uma tabela, comparação de números e valores, sequência numérica, estratégias de cálculo mental, etc.
2. Meio Ambiente:
Que tal uma aula ao ar livre? Não, este não é o sonho de crianças e jovens. É a realidade do Parque Zoobotânico. Por meio de atividades didáticas, desenvolvidas pelo Serviço de Educação e pelo Serviço do Parque Zoobotânico, estudantes podem conhecer as pesquisas realizadas pelo Museu Goeldi de uma forma diferente do método tradicional adotado pelas escolas.
São diversas possibilidades de ver, cheirar e tocar, de perceber a natureza à nossa volta. Animais, plantas, exposições, pesquisas, tudo serve de fonte de conhecimento para descobridores. O Parque Zoobotânico funciona como uma sala de aula viva, que proporciona aos visitantes conhecimentos sobre o ecossistema e o homem da região amazônica.
Um dos exemplos desta interação é o projeto Clube do Pesquisador Mirim, que há treze anos reúne crianças e adolescentes em torno de projetos de iniciação científica. O Clube é organizado em turmas com diferentes eixos temáticos, ofertadas anualmente, como biodiversidade, espécies ameaçadas de extinção, sustentabilidade e diversidade social. No decorrer dos encontros semanais, os estudantes produzem algo que expresse os resultados da pesquisa, como jogos, kits educativos, cartilhas, multimídias, vídeos, etc., apresentado em uma grande feira de ciências.
Mas não são apenas os pesquisadores mirins que podem usufruir do aprendizado pelo Parque. Todos os visitantes têm acesso às atividades educativas realizadas pelo Museu Goeldi, seja por meio de visitas escolares, de campanhas educativas, de oficinas e minicursos ou do trabalho dos monitores ambientais. De maneira criativa, o Parque Zoobotânico funciona como um centro de educação sadio e familiar, proporcionando a aproximação de jovens e adultos às pesquisas e problemas da Amazônia.
Fonte: Fora a Sala
Parque Zoológico
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